Astiyazh Haghighi, 21 anos, e Amir Mohammad Ahmadi, 22, respondem por “espalhar a corrupção na terra e incitar a prostituição”, crimes hediondos no país. Os dois foram presos no início de Novembro do ano passado e condenados esta semana por um tribunal iraniano.
Outros influenciadores locais que compartilharam o vídeo também são acusados de “perturbar a segurança nacional”. O casal não teve direito a defesa durante as audiências e os seus pedidos de fiança foram negados. As famílias de ambos teriam sido pressionadas a não falar sobre o caso por medo da repressão.
A publicação do vídeo foi interpretada como demonstração de apoio aos protestos pela morte de Mahsa Amini, em setembro do ano passado. A jovem morreu dias após ser presa e espancada pela polícia da moralidade, acusada de usar o seu hijab (tradicional véu islâmico) de forma “indevida”.
Desde então, centenas de pessoas foram mortas pela repressão policial durante os protestos. O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, culpa os “grupos separatistas terroristas” por alimentarem a violência em todo o país.
Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), ao menos 14 mil pessoas foram presas após a onda de manifestações contra o governo iraniano.
Casal é condenado a dez anos de prisão por dançar na rua no Irã
PorNeves Alberto
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